O olho pisca para o computador
como quem diz: continue aí,
preciso de você para ser feliz,
preciso de seu fio, seu calor.
Os dedos, ansiosos, tremem
tanto quanto os de um pianista.
Os neurônios, então, dançam
uma estranha e suave melodia.
Talvez veja, agora, o fantasma
que se pôs no lugar de sua alma,
e que, com a fumaça do cigarro,
fez desenhos de nuvens, erros
que te acompanham na cama
depois de mais uma noite insana.
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