segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O olho

O olho pisca para o computador
como quem diz: continue aí,
preciso de você para ser feliz,
preciso de seu fio, seu calor.

Os dedos, ansiosos, tremem
tanto quanto os de um pianista.
Os neurônios, então, dançam
uma estranha e suave melodia.

Talvez veja, agora, o fantasma
que se pôs no lugar de sua alma,
e que, com a fumaça do cigarro,

fez desenhos de nuvens, erros
que te acompanham na cama
depois de mais uma noite insana.

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